Celso Furtado dizia que um país não se
transforma em nação soberana e justa para o seu povo se não enfrentar as provas
cruciais da sua história.
Aquelas que funcionam como um clarão no
discernimento coletivo.
Seja na vitória, ou na derrota, iluminam o
horizonte que terá que ser percorrido se a sociedade quiser construir um
futuro compatível com a plena cidadania.
Celso Furtado considerava que o Brasil
ainda não havia encarado de frente as suas provas cruciais.
É possível que os acontecimentos em curso
o fizessem mudar de opinião se ainda fosse vivo para acompanhá-los.
Com certeza Furtado não mudaria sua posição, vez
que estaríamos diante de um homem sério, competente, ilibado e honesto. Seria,
com certeza taxado como de "direita" ou mais atrevidamente de
"reacionário".
Saberia ele que,
o ainda imensurável desvio de recursos públicos (talvez nunca chequemos a saber
seu valor real) poderia ter alterado substancialmente as condições de vida do nosso
povo e da própria nação. Jamais, Celso Furtado concordaria com o aparelhamento
do estado, com empréstimos secretos, com a caixa preta do BNDES, com os gastos
absurdos em publicidade, com os "projetos" de Ongs PTralhas, com as
cobranças de "pedágios" nos órgãos públicos (MTb e cia. bela) e,
tantos outros desvios que virão à baila.
Um ciclo de crescimento se esgota, outro
precisa ser construído num ambiente internacional desfavorável, em que os
preços das matérias-primas desabam e as taxas de juros internacionais ensaiam
uma escalada.
Já aconteceu outras vezes, em 1810; 1930 e
1980.
Em todas elas grandes reacomodações
políticas reordenaram a trajetória brasileira – na Independência, à
ascensão de Vargas, passando pela crise da dívida externa que acelerou a queda
da ditadura.
A margem de manobra diminui; o espaço de
acomodação dos conflitos do desenvolvimento fica menor.
A macroeconomia e, sobretudo, os
automatismos econômicos giram em falso e não levam a lugar algum.
Escolhas cruciais tem que ser feitas: é o
império da política.
A aritmética fiscal resume um bom
pedaço dessa encruzilhada.
O ciclo que se
pretende encerrar são os dos descalabros na administração da coisa pública dos
12 últimos anos, levado pela "cumpanheirada" sem o mínimo de
qualificação, honra e competência, que estribados nas mentiras, em perseguições
e esquemas digno de quadrilheiros, que além levarem os custos à estratosfera,
impuseram ao país péssimos resultados na economia, provocaram o desmanche da
indústria nacional, promoveram a farra dos bolsas empresários que além do
superfaturamento, impôs preços, a
exemplo do minha casa/minha vida no mesmo patamar de construções de alto padrão.
Some-se a isso, a
falácia dos programas sociais que ao invés porta de entrada para um novo
estágio, os mantém em currais eleitorais. A piora de todos os índices também
foi obra da conjuntura externa? A baixa produtividade também deve-se a
conjuntura externa? A falta de investimento na infraestrutura deve-se a
conjuntura externa? O crescimento da miséria no Brasil, deve-se a conjuntura externa?
A quebra da estabilidade se deu exclusivamente pela conjuntura externa?
Na verdade não estamos
diante de escolha crucial, mas sim, diante de um caso de polícia. Uma
presidente que mente e "inventa" título para lustrar seu currículo,
não reúne as mínimas condições de governar um país. Eis outra verdade
incontestável.
O gasto previsto com o pagamento de juro aos rentistas, em 2015, é da ordem de
R$ 265 bilhões de reais. É quase a soma total dos gastos com saúde (R$ 109 bi),
educação (R$ 101 bi) e o Minha Casa, Minha Vida (R$ 65 bi).
A agenda ortodoxa acha isso barato.
Seus ventríloquos na mídia cantam de galo
no poleiro da alta iminente dos juros nos EUA.
Significa que, de agora em diante, para
equilibrar contas fragilizadas pela queda nas cotações das commodities, e
se financiar no mercado internacional, o Brasil terá que pagar taxas ainda
maiores que os 11,75% atuais.
Ou os capitais voadores não pousarão aqui.
Aqui a
irresponsabilidade e fanfarronice do articulista (dito de esquerda) chegam as
raias do absurdo. O partido e interesses que defendem estão exclusivamente assentados
no poder pelo poder. O discurso está absolutamente divorciado da prática, senão
vejamos: estiveram no poder, com uma "oposição dócil e vagabunda",
contaram sempre com a maioria (rolo compressor só funciona quando se trata de
camuflar o mal feito) e nenhuma prova crucial foi encaminhada, ou mesmo
submetida à discussão - qual foi a razão?
Se acham um absurdo o pagamento aos rentistas, porque só
agora se insurgem, passados 12 anos. Dizia meu avô: "Quem não tem competência
não se estabeleça". Os ventríloquos de ditaduras corruptas e
distribuidoras da miséria são esses articulistas e seus veículos custeados com
dinheiro público capitaneados pelo maior arrecadador que é a Carta Capital (44,4 milhões/2014 ¨¨) que não se sustentam pela
própria incoerência.
** Blogueiros da Esgotosfera: Luiz Nassif =
5,7 milhões; Paulo Henrique Amorim (que lembra Amoral)= 2,6 milhões; Brasil 247=
1,7 milhão - dados de 2011, que foram dobrados em 2012 e mais que o dobro em
2013.
Aonde está o salto de qualidade e enfrentamento de
provas cruciais, quando Dilma Petralha nomeia o trio calafrio - Levi, Barbosa e Tombini (este último um verdadeiro moleque
de recados, cujo nome lembra tombos) para conduzir o país de volta à
estabilidade e governabilidade. Usar Furtado para justificar ou não ter que justificar
isso, é inadmissível, no mínimo.
Nenhuma das questões essenciais que
interessam à população brasileira encontrará resposta no redemoinho dessa
lógica. (senão a
única, uma das poucas verdades contidas no texto do auto-intitulado
esquerdista)
Mas ela encerra algo mais que um singelo
embate entre mocinhos e bandidos-petralhas. (por ser mais adequado)
Massas de forças descomunais e interesses
pantagruélicos (=amantes da boa
mesa e bons vinhos - tal qual LULA & Cia.) movem as peças do xadrez (onde
só o povo e o país perdem) em que
se decide o jogo do desenvolvimento nessa quadra brasileira (de desgoverno corrupto) e mundial (desde quando o capital não é
volátil diante da iminência de calotes e desordem).
O que elas preconizam para os
desequilíbrios do país – típicos da luta pelo desenvolvimento, agravados pela
desordem internacional -- é a restauração pura e simples da cartilha
neoliberal.
Ou seja, aderir ao veneno que arrasta o
mundo ao abismo da estagnação.
A saber: menos Estado para se ter mais
mercado; menos igualdade para se ter mais eficiência; menos salário para se ter
mais investimento; menos soberania para se ter mais privatização de recursos
nacionais...
O projeto vitorioso em outubro
negligenciou a necessária organização social para defender o resultado das
urnas nesse previsível entrelaçamento de fragilidades doméstica e
mundial.
A conseqüência é que o país passou a ser
comandado pelo agendamento conservador.
Ele ofusca, melhor, asfixia, o que é
essencial nesse momento.
O essencial é recuperar o tempo perdido
dando voz à sociedade organizada para repactuar as bases do desenvolvimento
brasileiros fixando prazos, metas, avanços, concessões e salvaguardas da
transição de ciclo econômico em curso.
Sem isso, ninguém se salvará.
Epa, epa: O novo
governo e suas novas idéias não está implantando através da nova equipe
econômica (repito o trio calafrio) as mudanças e com isso capitaneando a agenda
(des)conservadora? Quer dizer o articulista que seria melhor manter a
esquerdista equipe econômica - Dilma, Mantega (que lembra manteiga derretida) e
Tombini (aquele que lembra tombo)no comando da desgraça que levaram o Brasil a
estagnação, a inflação descontrolada, déficits múltiplos. Ora afinal, o quer o
articulista, senão mistificar a realidade.
Se for incapaz de enxergar a
centralidade desse momento, e de transmiti-la à sociedade, a esquerda será
igualmente engolfada pelo ralo dando, ademais, uma contribuição
inestimável à blitzkrieg (ataque
relâmpago) conservadora.
Ou seja, fracassará diante de suas provas
cruciais.
Como já fracassou em 1954.
Qual ralo: o do descrédito; o da mentira; o da corrupção;
o da incompetência dos últimos 12 anos; o da brincadeira da "economista
graduada Dilmais"; o da farra com o dinheiro público, cujos valores deixam a rainha da Inglaterra na
qualidade de pedinte de porta de igreja.
Afinal, aonde queres chegar, oh Fariseu Esquerdista da
Ditadura das Repúblicas dos Bananais?
Então, ela só distinguiu com clareza
o que estava em jogo quando o povo nas ruas já caçava viaturas do jornal
O Globo e incendiava sedes de veículos golpistas que tangeram Vargas ao
suicídio.
Vargas tinha dignidade e honradez. Comparar Lula e Dilma
aos pés do chinelo de Vargas, já é por demais.
A tática dos Black Bosta posta em ação, resultou de novo
fracasso, pois o povo nas ruas deu seu recado claro de 51 milhões de
brasileiros que não aceitam o desgoverno petralha.
Houvessem envergadura moral para chegar a sola
getuliana, todos se entregariam à polícia. Mais de que um ato covarde, o suicídio
é o desespero de ver a honra manchada, da verve de homem que não quer constranger
à sua família, sua dignidade de
estadista, enfim, por mais errado e inconcebível é para coisa para homens com
"H" maiúsculo e, não para tiranetes de segunda categoria da laia dos
cagüetas da ditadura e de idiotas que sonhavam ingressar na casta da tirania
comunista.
A esquerda não resistirá sozinha à
avalanche conservadora atual. Afinal que
esquerda é essa? A da parcela já se encontra encarcerada e a outra parte em
vias de. Vocês se auto-intitulam, mas na verdade, esculhambam a posição
ideológica e mostram que o regime que querem e praticam está na contra-mão dos
interesses dos brasileiros.
Se ser conservador
é: querer que se apure atos de corrupção;
que se dê um basta na orgia e desvios de dinheiro público; é exigir honradez e
dignidade no trato da coisa pública; é acabar com o aparelhamento do estado e favorecimento
dos "fenômenos empresarias de petralhas"; é exigir que os programas
sociais sejam políticas públicas de estado; é exigir que a Polícia Federal seja
uma polícia de estado e não de partido, entre tantas outras que se fosse
enumerar muitas laudas se fariam
necessárias.
Isto posto, sou um
conservador inveterável.
Mas desta vez, definitivamente, cabe-lhe a
responsabilidade de liderar o processo.
Não para reforçar a ladainha conservadora
contra o governo, contra a Presidenta Dilma e muito menos contra o PT.
Não para tirar uma lasca.
Mas para aglutinar uma ampla frente
política capaz de criar junto ao governo, no entorno do governo e na
crítica ao governo, um contraponto efetivo à ameaça da restauração
neoliberal.
Quiseram a hegemonia do poder fincada na
rocha da corrupção e da esbórnia, acabarão na prisão. Até porque a história é
rica em exemplos de que quando o barco rompe o casco, todos saltam e os primeiros
serão os Sarneys, os Renans, os Jucás, os
Malufs, acompanhados de muitos outros "rollhas" (aqueles que bóiam em qualquer mar da vida).
Ora Fariseu, os
direitistas são cumpanheiros de primeira hora, não sabias disso, ora santa
ingenuidade. Me digas com quem andas, que te direi quem és.
Um exemplo de urgência que hoje carece dessa participação.
A Petrobrás está
morrendo.
As ações da empresa perderam 46% do valor
este ano.
O preço de mercado de uma das oito maiores
petroleiras do mundo caiu a 1/3 de seu valor patrimonial.
É uma aberração: desconsidera-se nesse
massacre especulativo e político 45 bilhões de barris de óleo, no mínimo, das
reservas do pré-sal.
É como se as maiores descobertas de
petróleo do século XXI no planeta não tivessem ocorrido.
É como se em outubro o pré-sal brasileiro
não tivesse batido o recorde de produção, gerando mais de 600 mil barris de
óleo.
É como se a Petrobrás não tivesse o custo
de produção no pré-sal de US$ 45/por barril, substancialmente inferior ao do
xisto norte-americano (US$60/por barril) , o que lhe dá um chão firme em meio
ao derretimento dos preços internacionais das matérias-primas.
Não se trata de uma empresa qualquer, mas
de uma ferramenta do desenvolvimento brasileiro que poderá se perder.
A resposta capaz de salvá-la urge e não há
tempo para ingenuidade.
Que esquerda é
essa que privatiza a Petrobrás a uma quadrilha partidária e destrói o
patrimônio de uma nação. Será um bando de ladrões e larápios?
Agora vêm com essas indagações sobre o patrimônio da
maior empresa do Brasil que foi jogado no descrédito, pela safadeza de
malandros e meliantes. E neste "artigo" (talvez seria melhor
classificá-lo como ensaio de apologia ao crime), visto que veio sem uma única e sequer palavra sobre todas as
sortes de mazelas a que foi submetida a Petrobrás.
Antes de serem presos por conta do mensalão, a cúpula do
petralhismo, já o substituiu pelo Petrolão (ou Petropina - petróleo com
propina) e logo virão os escândalos do setor elétrico, do BNDES, novamente os
Correios e, segundo um dos protagonistas
petralhas, tudo onde estiver metido o governo petralha, tem corrupção da
grossa.
A faxina anticorrupção tem entre os seus
principais objetivos transferir o pré-sal para as mãos do
mercado, e não defender os interesses brasileiros na estatal. Será mais uma peça do Teatro de Horror que se instalou
na República, cujo mote principal é engazupar ou carapetação (= enganar,
mentir, ludibriar) aos brasileiros incautos e desinformados.
Aviso aos
navegantes: "Esqueceram de avisar ao tiranete dramaturgo que acabou o merchandising
do sabonete eleitoral".
Não fosse assim, a campanha moralizadora
(sempre bem-vinda - desde que ponha o
adversário ou denunciante na cadeia e deixe os nossos soltos) viria acompanhada de uma defesa enfática da reforma
política (que há 12 anos prometi e não cumpri), do investimento público e dos compromissos sociais e
econômicos que o pré-sal potencializa (dando-nos
margem aos nossos bolsos, afinal somos todos trabalhadores).
A sociedade pagará um preço alto se a
esquerda for incapaz de distinguir o que é principal nesse momento. A sociedade já vem
pagando essa conta e não terminará tão cedo para quitá-la, pois ao que parece o
rombo é de impossível dimensionamento - só a história será capaz de algum dia o
determinar.
Corrupção não é uma singularidade
capitalista ou comunista.
Tampouco petista. Mas cá entre nós, nunca na história desse país, se viu
tanta roubalheira desenfreada e frenética.
A corrupção é inversamente proporcional à
existência de canais que amplifiquem o controle da sociedade sobre
as decisões do Estado, a vida das empresas e a mecânica do financiamento
eleitoral. Especialmente, se forem petralhas esquerdistas.
Epa, epa: Estais a querer demitir o "cumpanheiro" Vacari (que lembra
vaca de presépio) que com sua brava e competente ação, moralizou as doações de
campanha, oportunizou em igualdade de condições todos os demais candidatos,
acabou com a interferência do estado na sociedade e dispensou as empresas de
pagarem propinas. Isso é mesmo injusto e deixará sua família a ver navios,
carregados de dinheiro do povo zarpar para outros continentes amigos.
Sem esse contraponto político à corrupção,
a história se repete. Não raro, como tragédia, na forma de um desencanto que
freqüentemente instala no poder versões extremadas daquilo que se
pretendia combater. (na verdade nóis
nunca no "puder", faríamos uma barbaridade dessa com a cumpanheirada -
nessa o Fariseu extrapolou).
Na Itália, depois da ‘Operação Mãos
Limpas’ , em 1992, o que emergiu não foi uma sociedade virtuosa, mas nove anos
de Silvio Berlusconi no comando do Estado. (Leia ‘Mãos Limpas; e
depois, Berlusconi?; nesta pág). Mas
Cesare Battisti, ajudou o cumpanheiro Pizolatti - tute le buone (=gente boa) a
ele ficar aqui e o outro lá na la dolce vita (=doce vida). Outra pergunta que
não quer calar: Por que sempre haveremos de espelhar no que há de pior na
sociedade italiana?
Nesta 3ª feira, as ações da
Petrobras caíram abaixo de R$ 9 reais –menos da metade do que valiam há
cerca dois anos, quando foram cotadas a R$ 21,06 em setembro de 2012. Porque será, né? Isso é coisa da trairagem do mercado e
dessa oposição direitista e conservadora que não suporta o sucesso da esquerda
progressista que tomou de assalto o governo brasileiro. Vão procurar outro
lugar para roubar, esse aqui eu vi primeiro.
Repita-se: é uma aberração. De fato, Fariseu Esquerdista, isso é uma aberração o que
essa direita conservadora está fazendo com uma vontade desenfreada de acabar
com a corrupção na PTrouboBrás.
Nem quando chovia bomba no Iraque o
mercado deixou de considerar o valor das reservas ali disponíveis. Aliás, a
guerra era justamente para se apoderar delas. É
outra meia verdade, é que lá havia uma guerra de interesses, enquanto que aqui
no Brasil há interesses guerreiros de se locupletar dos bens públicos, por
algumas centenas de ladrões, que são diariamente aplaudidos e iludidos esquerdista de meia tigela como o articulista
Saul Leblon (lembra boa vida a custa alheia)
Não se pode descartar um componente
de manipulação nesse absurdo. Exatamente, são
vários e incalculáveis. Afinal, concordei uma com ele. Ufa.
Grandes detentores de carteiras da
Petrobras (os Marinhos são um deles), compartilham dos mesmos interesses:
desossar o governo Dilma é um deles; implodir a política de investimentos
da empresa –que reserva menos recursos para dividendos- é outra.
A recompensa pela manipulação está
pontuada nos editoriais do conservadorismo: chama-se privatização do pré-sal.
Esse é o pano de fundo da tragédia
política em curso no Brasil.
This overwhelmig (= é estupefante) a ousadia desse biltre (=malandro, marau...) a tragédia em
curso no Brasil é causada pela direita conservadora agora atuando como oposição
ao Governo do Povo, com novo governo e novas idéias para continuar tirar
proveito.
De uma só vez, o conservadorismo ameaça
empurrar para a beira do ralo histórico quase um século de patrimônio
progressista: 60 anos da Petrobras e 38 anos de existência do PT, incluindo-se
aí a ameaça que paira sobre o segunda mandato de Dilma. Realmente isso é injusto jogar na lama o patrimônio
público e uma vida inteira a serviço do crime. Estou ficando preocupado, estou
passando a concordar muito com o biltre.
Terei passado por uma lavagem cerebral ao longo do texto. Brincadeira tem hora,
o mané.
Se tiver êxito, imporá uma regressão
de um século nas lutas sociais do Brasil. Quem o
roubo ou a moralidade?
A esquerda
brasileira dispõe de reservas intelectuais, tem experiência de luta, goza
de respeitáveis lideranças políticas (tá
certo que parte considerável da klugheit (=inteligência) está enjaulada.
Tem densidade para compreender e reagir ao
que está em curso nessa hora crucial. Será
que há um projeto do governo novo de transformar a todos os brasileiros em
corruptos-mor. Serão os petralhas competentes o suficiente para transformar
toda uma nação em corruptos?
A única novidade capaz de sacudir a
prostração rumo ao matadouro é o surgimento de uma frente de esquerda capaz de
liderar a resposta progressista a essa ofensiva. Claro
que isso é possível, pois traremos na
linha de frente os bravos democratas: Irmãos Castro, Maduro, Evo, Cristina,
Putin ( o que lembra esse nome?) e a Frente Interamericana deterá essa oposição
liderada pelo play boy e nos tornaremos
uma nova nação reinada pela corrupção.
Para isso é preciso entender o significado
do que dizia Furtado: uma nação justa e soberana se constrói enfrentando suas
provas cruciais.
Se insistir em ser um arquipélago de ilhas
que não se falam, separadas por divergências às quais, muitas vezes, se atribui
importância superior a dos riscos que ameaçam a sociedade brasileira, a
esquerda fracassará tragicamente nessa hora.
E o seu fracasso entregará um século de
conquistas sociais ao arrastão conservador.
Esse final é mesmo ufanista e avassalador. Será a tradução do Furtado,
paraguaia (com perdão ao povo paraguaio, especialmente pelo massacre que foram
vítimas de brasileiros e argentinos). Depois dessa, não estará Furtado dando
piruetas no caixão? Vai contar história em outro terreiro.
Para encerrar: "Os ímpios fogem sem que haja ninguém a
persegui-los. Mas os justos são ousados como um leão". Bíblia Sagrada.
Voltando ao Brasil, criou a pedido do presidente Juscelino Kubitschek, em 1959, a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). "Formação Econômica do Brasil", a mais consagrada obra de Celso Furtado, foi publicada nesse ano, no mesmo período em que o autor ocupava o cargo de diretor do BNDE do governo de Juscelino Kubitschek. Furtado já havia sido diretor da Divisão de Desenvolvimento da CEPAL por oito anos (de 1949 a 1957), fator que orientou a metodologia e os objetivos da obra. Isto é, Furtado procurou descrever a evolução da economia brasileira, dentro do paradigma latino-americano, pela análise da estrutura produtiva de cada período histórico da sociedade brasileira (daí a famosa denominação "estruturalista" para o pensamento cepalino em geral), dando ênfase em conceitos analíticos especificamente cepalinos, tais como a visão da economia internacional baseada nas relações entre países centrais, industrializados, e países periféricos, agrícolas.
Em 1962, no governo João Goulart, foi nomeado o primeiro Ministro do Planejamento do Brasil, foi idealizador do Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social. Procurou estabelecer regras e instrumentos rigídos para o controle do déficit público e refreamento do crescimento inflacionário. Em 1963 retornou à superintendência da SUDENE, criando e implantando a política de incentivos fiscais para investimentos na região.
Com a edição do Ato Institucional nº 1 (AI-1), Celso Furtado foi incluído na primeira lista de cassados, perdendo seus direitos políticos por dez anos.